A década de 1960 foi um período de profunda transformação na moda masculina. Mudanças culturais influenciaram fortemente a era, evoluindo dos estilos do final dos anos 1950 para uma estética única até o final da década. Essa evolução espelhou as mudanças sociais mais amplas, transitando dos visuais conservadores e impecáveis do início dos anos 60 para os estilos vibrantes e expressivos do final da década.
O início dos anos 1960, muitas vezes chamado de era “Mad Men”, foi caracterizado por ternos ajustados em flanela cinza, combinados com camisas brancas impecáveis e gravatas finas. Essa abordagem sofisticada e minimalista para a moda masculina refletia o conservadorismo inicial da época. Mocassins e botas chukka eram os calçados preferidos, completando o visual polido.
No entanto, os anos 1960 também foram uma época de rebelião e contracultura, levando a uma gama diversificada de estilos que desafiaram as normas tradicionais. O estilo Beatnik, inspirado na Geração Beat antimaterialista, surgiu com suas blusas de gola alta pretas, boinas e óculos escuros. Esse visual representava uma rejeição aos valores convencionais e uma aceitação da expressão intelectual e artística.
Concomitantemente, o estilo Ivy League ganhou popularidade entre estudantes universitários e jovens profissionais. Esse visual preppy apresentava calças cáqui, camisas de botão e suéteres de tricô, representando uma estética mais clássica e conservadora. A jaqueta Harrington e os mocassins também eram componentes-chave desse estilo refinado.
Do outro lado do Atlântico, o estilo Mod explodiu em cena na Carnaby Street de Londres. Essa tendência abraçava ternos ajustados de corte italiano, cores ousadas e estampas psicodélicas. Botas Chelsea eram o calçado preferido dos Mods, que incorporavam um espírito jovem e rebelde.
Na Califórnia, o estilo Surfista refletia o estilo de vida descontraído do litoral. Bermudas, camisetas gráficas, camisas havaianas e óculos de sol Wayfarer eram itens básicos desse visual relaxado. Esse estilo incorporava o espírito despreocupado da cultura do surf.
O final dos anos 1960 testemunhou uma mudança adicional em direção ao individualismo e à autoexpressão. O estilo Boêmio, influenciado pelo movimento hippie, abraçava roupas fluidas, cores vibrantes e estampas étnicas. Tecidos naturais como algodão e linho eram favorecidos, refletindo uma conexão com a natureza e uma rejeição aos valores materialistas.
A subcultura Skinhead, com seu cabelo curto, camisas de botão, suspensórios e botas, apresentava uma estética contrastante. Esse estilo da classe trabalhadora adicionou outra camada à paisagem diversificada da moda do final dos anos 60.
A música e a cultura popular foram parte integrante da evolução da moda dos anos sessenta. Ícones como Bob Dylan, Michael Caine e os Rolling Stones influenciaram fortemente o estilo masculino. A Revolução Peacock, caracterizada por cores extravagantes, estampas ousadas e ternos sob medida, solidificou ainda mais o movimento da era em direção à autoexpressão. Influências globais, particularmente do Sul da Ásia e da África, introduziram peças como a jaqueta Nehru, cafetã e dashiki na moda ocidental.
O legado da moda masculina dos anos 1960 continua a ressoar hoje. A ênfase da década na individualidade, autoexpressão e rompimento com as normas tradicionais abriu caminho para futuras tendências da moda. Dos ternos sob medida do início dos anos 60 aos estilos Boêmio e Peacock do final dos anos 60, a gama diversificada de visuais da década continua a inspirar a moda masculina contemporânea.