Embora os anos 80 sejam frequentemente lembrados pelas cores vibrantes e excessos, a moda masculina dessa época foi surpreendentemente diversificada. Da influência preppy dos designers americanos clássicos aos estilos vanguardistas japoneses que desafiaram as silhuetas convencionais, a década ofereceu uma variedade de opções para os homens. Designers americanos como Ralph Lauren defenderam um “retorno à tradição” com ternos sob medida, camisas de botão impecáveis e mocassins, criando uma estética refinada e sofisticada. Esse visual preppy, inspirado no estilo da Ivy League, enfatizava tecidos de qualidade e peças atemporais.
Essa estética preppy foi uma tendência significativa, inspirando-se nos estilos tradicionais da Ivy League e da aristocracia britânica. Ela ofereceu uma alternativa mais refinada e discreta às tendências mais ousadas da década, concentrando-se em peças clássicas como blazers, camisas Oxford e calças chino. Os elementos-chave incluíam silhuetas sob medida, cores neutras e materiais de alta qualidade.
No outro extremo do espectro, designers japoneses como Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo, da Comme des Garçons, introduziram uma nova abordagem radical para a moda masculina. Seus designs desconstruídos, muitas vezes apresentando silhuetas oversized, cortes assimétricos e uma paleta de cores predominantemente preta, desafiaram as normas da moda ocidental. Esses estilos inovadores enfatizavam a individualidade e a expressão artística, abrindo caminho para futuras tendências na moda masculina. Esse movimento de vanguarda abraçou tecidos não convencionais, drapeados e camadas, criando um visual dramático e intelectual. A influência desses designers estendeu-se além das passarelas, impactando o estilo de rua e moldando a direção da moda masculina nos anos seguintes.